sábado, 5 de novembro de 2016

Downton Abbey (terceira temporada)

Ooookay, so, eu estava curtindo bastante a série, mas a terceira temporada foi aquela provação máxima. De verdade.


Primeiro, porque agora a história está por volta de 1920 e a série faz um retrato bem real de algumas coisas – a maneira como as mulheres eram criadas e tratadas sendo um desses pontos. Foi preciso uma dose extra de paciência para ver a continuação do arco da Ethel – que não é uma personagem que eu tenha gostado, aliás -, que virou prostituta para ter como alimentar o filho, Charlie, que agora é um menininho fofo de um ou dois anos, mas logo foi encontrada pela Mrs.Crawley e chamada para ser governanta. O problema maior que eu tive nem foi julgarem ELA, eu meio que esperava isso da sociedade dessa época, mas julgarem as pessoas que moram na casa, visitam Mrs Crawley, são cordiais com ela na rua... ISSO é ridículo. E nem é culpa da série, o que deixa a coisa toda mais complicado.


Além disso, váááárias frases de váááários personagens masculinos são... Repugnantes, really. E eu sei que é a realidade de tempos atrás, mas não deixa de ser revoltante e difícil de assistir.

Segundo, porque os dois personagens que mais gostei até agora morrem. Difícil lidar, principalmente pelo momento em que as mortes aconteceram – deixou tudo bem mais trágico.


Anyway, a terceira temporada. Aqui finalmente temos as evoluções pós-guerra alcançando os Crawley – a temporada começa, aliás, com um problema gigante sendo revelado: a má gestão realizada por Lord Grantham em toda a vila e um investimento ruim que o deixou praticamente falido. Ao longo dos episódios, aliás, fica claro que ele está tão preso ao passado e tão relutante em evoluir que, ao mesmo tempo, está sentenciando Downton ao fracasso certo – e, o mais irritante, ele se nega a enxergar isso, falando sobre como “sempre foi assim”, e ignorando solenemente o fato de que, justamente por sempre ter gerido o lugar assim, quase faliu e precisou vender a mansão.


Junto com o drama financeiro, a temporada tem casamentos há muito esperados, uma noiva deixada no altar, nascimentos, mortes, algumas viagens, alguns mistérios resolvidos... É interessante como você consegue reconhecer os protagonistas da série, mas praticamente todos os outros têm tramas desenvolvidas e ganham destaque em algum momento. Mesmo que não seja importante pra trama num geral,todos têm seu arco desenvolvido de alguma maneira, algo para contar, e eu adorei isso. Não tem mais a guerra, mas tem um retrato bom do que é o pós-guerra, e ninguém fica esquecido.


O especial de Natal meio que não foi de Natal, se passa em algum momento em agosto, e é uma continuação/evolução do restante da temporada: os Crawley (incluindo Matthew, mas excluindo a mãe dele) viajam para o norte, e o especial se dividide entre acompanhar a visita aos MacClare, a vida na mansão (onde só ficaram alguns criados, Tom e a filha), e Lady Crawley sozinha em sua casa. Acabei incluindo o resto ali, porque comentá-lo seria dar spoilers enormes sobre o resto da temporada. /o/


Então não foi uma temporada fácil, mas assisti inteira e, ok, não curti tanto, mas estou disposta a continuar até o grand finale – daqui a duas temporadas. Meeeesmo que eu esteja sem personagens preferidos agora, er. xD

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