sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

O Regresso (2015)

Sinopse: "1822. Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) parte para o oeste americano disposto a ganhar dinheiro caçando. Atacado por um urso, fica seriamente ferido e é abandonado à própria sorte pelo parceiro John Fitzgerald (Tom Hardy), que ainda rouba seus pertences. Entretanto, mesmo com toda adversidade, Glass consegue sobreviver e inicia uma árdua jornada em busca de vingança.”

Direção: Alejandro González Iñárritu

Duração: 156min.

O Regresso é, antes de qualquer coisa, um filme visualmente lindo. Ele foi gravado todo com luz natural – seja luz do sol ou de uma fogueira – e as paisagens são incríveis, várias cenas de pôr e nascer do sol são daquelas que você só quer parar e ficar olhando. Feita essa observação muito necessária, vamos ao filme.

O filme conta a história de vingança do Glass, que trabalha caçando ursos e vendendo suas peles. Ainda no começo do filme, ele é atacado por uma ursa e meio que deixado de lado para morrer até seus companheiros de equipe – ou coisa assim – o encontrarem. Segundo a capitão, se não fosse por Glass, todos teriam morrido, então o mínimo que podem fazer por ele é levá-lo ao vilarejo e cuidarem para que sobreviva – tanto quanto conseguem, pelo menos. É nessa ida para o vilarejo que Fitzgerald e mais um rapaz (cujo nome eu claramente não lembro) ficam para trás, cuidando de Glass junto com o filho dele.

Fitzgerald, que já tinha algum problema com Glass e é completamente contra tentarem manter ele vivo – mais de uma vez ele tenta convencer todos de que deveriam matá-lo -, resolve abandoná-lo de vez na floresta, matar seu filho e levar o que der, e convence o menino que estava com eles de que ele está morto e eles devem correr por suas vidas.

E é aí que o filme realmente começa. E que o Leo DiCaprio mostra porquê foi indicado ao Oscar e merece ganhar (de novo, sim, eu sei). Glass ainda está bem ferido pelo ataque de urso, tem ossos quebrados, cortes profundos e, além de chegar no vilarejo, precisa escapar dos índios que estão caçando os caçadores. E Leo DiCaprio consegue passar toda essa agonia MUITO bem, o desejo de vingança e os sofrimento para se virar com todos os ferimentos, além de lidar com a morte do filho.

No geral, a atuação dele – e, verdade seja dita, dos outros também – e a fotografia são os pontos altos do filme, são incríveis e fazem o filme valer a pena.

Nos pontos negativos, tho, tem a história previsível – eu assisti sabendo que tinha um ataque de urso, só, nem trailer eu vi, mas consegui adivinhar quase tudo o que ia acontecer e quando aconteceria – e trechos meio confusos. Eu até agora não entendi o cara cuja filha foi levada por caçadores, a utilidade dele na trama geral, ou a mulher que eu suponho ser a filha dele, que aparece uma vez e some. Parecia um plot paralelo que eu não entendi e ficou inacabado – e não influenciou at all na história do Glass. Como achei o filme longo – bons minutos maior do que precisava -, ter essa sensação de história desnecessária não foi legal.

Um problema bem aleatório que eu tive foi identificar quem era quem, pelos primeiros 20min de filme eu confundia a maioria dos homens. ô.o

Mas, no geral, é um filme interessante, tem uma história que não é inovadora ou coisa assim, mas que rende um bom filme e é absurdamente lindo visualmente. E, se isso não te animar, a atuação do Leo DiCaprio é incrível e ele mais do que merece todos os prêmios que ganhou até agora.

Sinceramente, se o Oscar não for pra ele, eu desisto dessa premiação.

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