sábado, 19 de dezembro de 2015

Pegando Fogo (2015)

Sinopse: "O chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) já foi um dos mais respeitados em Paris, mas deixa a fama subir a cabeça. Por causa do comportamento arrogante e do envolvimento com drogas, destrói a sua carreira. Ele se muda para Londres, onde adquire um novo restaurante e decide recomeçar sua trajetória do zero, na intenção de conquistar a cobiçada terceira estrela do guia Michelin. No caminho, conhece a bela Helene (Sienna Miller), por quem se apaixona.”

Direção: John Wells

Duração: 101min.

Pegando Fogo estreou a tag de Expectativas, então lá você percebe que elas estavam num nível ok, baseadas apenas em um trailer e um especial do jornaliszinho do cinema. No geral, ele foi exatamente o que eu esperava: ÓTIMAS cenas na cozinha, pouca enrolação, um chef com um ego nas alturas e obsecado com as três estrelas Michelin, e um romance méh.

O filme conta a “volta por cima” do chef Adam Jones em Londres, depois de algum fracasso em Paris seguido por uma penitência autoimposta de abrir e limpar um milhão de ostras em New Orleans. Por quê? Porque ele quis, apenas. De volta à Europa, ele tenta se redimir pelo passado literalmente tenta refazer tudo o que aconteceu em Paris – ele procura o cara que tinha um restaurante em Paris e agora tem um em Londres, procura ex-colegas de trabalho e chama para trabalharem com ele, procura os críticos e chama para fazerem uma nova tentativa... Mas não demora para todo mundo mostrar que ele pouco mudou nos anos passados nos EUA. E para o próprio Adam Jones perceber que está um pouco ultrapassado em suas receitas.

Uma coisa que eu gostei muito no filme, mas que talvez não seja unânime, foi a falta de explicações. Você sabe que algo muito ruim aconteceu em Paris, o bastante para fazer com que o mâitre passasse por terapia e o chef fosse para New Orleans e não entrasse em contato com ninguém, mas ninguém nunca explica o que realmente aconteceu – inclusive, o que os personagens falam parece misturar a própria experiência com o que os tablóides falaram na época. O máximo de explicações que você recebe são conversas entre o Adam e a Herlene em que ele explica como chegou em Paris, e uma ou outra conversa entre o Tony e alguém em que ele explica alguns pontos também. O mesmo vale para o final: o filme foca mais da metade da história na busca pela 3ª estrela Michelin, mas você nunca descobre se ele conseguiu ou não, é um final bem aberto.

A história em si, aliás, é simples, mas eu adorei. Tem toda a coisa de redenção e alguma evolução de personagem, mas eu gostei como ele não teve uma mudança radical demais – aquela ao ponto de ficar fake -, ele começa arrogante e sarcástico e termina arrogante e sarcástico, muda a atitude, não a personalidade.Aliás, chef Adam é um Gordon Ramsay em vários sentidos – é aquele chef exigente que grita e fala palavrão em Hell’s Kitchen, é aquele chef que consegue descer ao nível de uma criança e conversar com ela, e aquele cara que fora da cozinha é interessante de conversar -, não é à toa que ele aparece nos créditos. xD O romance realmente foi méh, não mudou muito a história pra mim e não faria falta se não estivesse no filme, mas o ponto positivo é que ele não interferiu para pior também.

E o último ponto que eu PRECISO comentar é a música e os sons dentro da cozinha. Como o próprio trailer mostra, você ouve bem os utensílios em uso, e essa marcação ficou muito legal no filme, principalmente com as músicas de fundo. A trilha sonora casa bem com as cenas e é boa – é o tipo de trilha que eu ouviria quando precisasse de um instrumental de fundo. Ponto positivo para o filme. ;)

So, eu obviamente recomendo, e se você estiver tão empolgado quanto eu com Star Wars, tem uma referência muito legal quando um dos antigos colegas e quase pupílo do Adam explica para a namorada o que são as três estrelas Michelin. xD

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