segunda-feira, 23 de junho de 2014

Como Treinar Seu Dragão 2

Sinopse: "O emocionante segundo capítulo da épica trilogia de Como Treinar o Seu Dragão nos leva de volta ao fantástico mundo de Soluço e Banguela cinco anos após eles terem unido dragões e vikings na ilha de Berk. Enquanto Astrid, Snoutlout e o resto da turma estão desafiando uns aos outros em corridas de dragão (o novo esporte favorito da ilha), a nova dupla inseparável embarca em uma aventura pelos céus, explorando territórios e mundos desconhecidos. Uma de suas aventuras os leva a descobrir uma caverna de gelo secreta, que é lar de centenas de dragões selvagens e dos misterioso Cavaleiro dos Dragões, os dois amigos então, se encontrarão no centro de uma batalha para manter a paz. Soluço e Banguela deverão se unir para defender o que acreditam, reconhecendo que apenas juntos eles têm poder de mudar o futuro dos homens e dos dragões.”

Direção: Dean DeBlois

Duração: 102min.

Como Treinar Seu Dragão é uma trilogia que lembra muito os dois filmes de O Diário da Princesa quando comparamos livro e filme: pouquíssimos pontos em comum, mas tanto livro quanto filme são MUITO bons. É a melhor comparação que consigo pensar porque, se você leu os primeiros livros da Meg Cabot, sabe que a nem a Mia do livro e a Mia do filme são parecidas.

A série da Cressida Cowell é uma das minhas preferidas da vida, que eu recomendo pra todo mundo mesmo, e é justamente a participação dela na criação do roteiro que me deixa com altas expectativas para os filmes. Até agora, expectativas atingidas e ultrapassadas. :P

O primeiro filme termina com Berk mudada: dragões e vikings convivem tranquilamente graças ao esforço de Soluço em mostrar que dragões não são bestas irracionais. O segundo filme se passa cinco anos depois disso, os dragões já estão completamente agregados ao dia-a-dia viking, são usados em forjas, em casa, em corridas de dragões. Soluço, aos vinte anos, já começa a ser cobrado pelo pai – casar, tornar-se líder da tribo de vikings, estar preparados para guerras. Enquanto foge das responsabilidades, Soluço voa com Banguela por mares desconhecidos, montando um mapa com as ilhas encontradas, e é assim que ele encontra caçadores de dragões – e descobre que existem mais do que os que existem em Berk.

Entre brigas com o pai e sonhos quase utópicos, soluço encontra um verdadeiro esconderijo de dragões, com raças que ele nem conhecia, cuidado por sua mãe – a mãe que ele achava ter morrido durante um ataque de dragões à Berk. É legal ver a ligação automática que Soluço tem com a mãe: ele é, no fim das contas, muito mais parecido com ela que com o pai, e dá para perceber de onde surgiu boa parte das idéias e personalidade dele.

A grande luta de dragões acontece entre dois colossais, que nem inclui o Soluço, e é a parte extremamente triste do filme. Se os dragões continuam absolutamente fofos – Banguela é um gato, apenas – e responsáveis por boa parte da comédia, essa luta inclui um sacrifício para o crescimento do personagem, e é... Bem, é de chorar mesmo.

Mais ou menos por essa parte, eu jurava que o filme ia acabar ali, no melhor estilo A Desolação de Smaug, e o final ficaria para a última parte da trilogia. Mas não, o filme tem aquele final feliz característico – “essa é Berk...” -, lindo, mas que deixa a impressão de “final final”. Nem idéia do que a autora e o roteirista (e diretor) Dean DeBlois, mas altas expectativas para Como Treinar Seu Dragão 3, mas torcendo para não demorar mais quatro anos para ser lançado.

No geral, a animação está ainda melhor – tudo muito colorido, grande, diferente -, são diversas novas espécies de dragão, novas ilhas, novos cenários. Todas as sequências do Soluço voando com a Banguela são incríveis, principalmente quando ele encontra o cavaleiro de dragões pela primeira vez. Tem uma sequência bem curtinha em primeira pessoa, que deve ser bem divertida no 3D, quando Soluço e Banguela se enrolam em galhos de árvore durante um voo solo do Soluço, um experimento legal, mas só acontece uma vez nos 102min mesmo. A trilha-sonora, por outro lado, parece muito com a do primeiro, que tem um quê de épico. Eu assisti dublado e ainda recomendo o dublado – é uma ÓTIMA dublagem.

E é legal ver que o Soluço cresceu e suas responsabilidades acompanharam esse crescimento. e que os roteiristas não tiveram dó de fazer sacrifícios para ajudar nessas mudanças. Afinal, ele precisa dos obstáculos e dos problemas para aprender. Não é mais problemas de adolescente, e não se resumem mais a apenas ele. Como futuro líder, ele tem toda a ilha de Berk para cuidar e proteger, e é esse pensamento que ele passa a ter aqui.

Enfim, totalmente recomendo, se você assistiu o 1, veja o 2, se não assistiu, veja os dois. :P Não é muuuito necessário ver o primeiro para entender o segundo, mas é tão divertido que vale a pena. Não espere muita coisa em comum com os livros, não tem mesmo – mas, fala a verdade,Banguela seria tão fofo se, no lugar de um Fúria da Noite, fosse um Dragão de Jardim minúsculo? :P

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